De acordo com a Polícia, a vítima levou três tiros e teve morte
imediata. Moradores ficaram chocados com o crime. Parentes do acusado
disseram que ele estava sofrendo insultos por parte da vítima
constantemente
FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES
Um crime de morte chocou os moradores da Praia do Iguape, em Aquiraz,
na manhã de ontem. Após uma discussão banal, o policial militar, da
reserva, Messias Rodrigues de Freitas matou a tiros o pescador Cleilson
Barbosa Faustino, 42. O crime foi cometido na Praça Beira-Rio.
De acordo com a Polícia, a vítima levou três tiros e teve morte
imediata. O policial militar da reserva acusado do crime foi contido por
populares e entregue à Polícia. As informações dão conta que vítima e
acusado tinham uma rixa antiga.
Rosileide Mateus, esposa do policial militar, contou que o pescador, há
vários dias, proferia insultos ao marido dela. Na manhã de ontem,
porém, o clima ficou tenso e o policial militar teria ido tirar
satisfação do pescador. A discussão ficou bastante acirrada. Messias de
Freitas sacou a arma e efetuou os disparos, sem dar à vítima a mínima
chance de defesa.
Messias Rodrigues de Freitas foi levado à Delegacia Metropolitana de
Aquiraz (DMA) e autuado em flagrante por homicídio. A origem da rixa
entre o militar da reserva e o pescador não foi revelada, entretanto os
últimos insultos por parte da vítima teriam deixado Messias de Freitas
bastante irritado.
Após a prisão, o militar foi levado para a Perícia Forense do Estado do
Ceará (Pefoce) para ser submetido a exame de corpo de delito. Depois
foi levado para a Delegacia, mas deve ser transferido para o Presídio
Militar, por questões de segurança.
Somente em 2013, 56 policiais militares foram expulsos da Corporação
pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e
Sistema Penitenciário (CGD), nove deles, acusados de praticar
homicídios. Outros nove foram demitidos acusados de lesão corporal e
outras transgressões disciplinares. Os dados foram divulgados em janeiro
deste ano pela CGD.
Espancamento
No Diário Oficial do Estado (DOE) do último dia 7, a CGD publicou
portaria determinando a instauração do Conselho de Disciplina contra
três policiais militares (identidades preservadas) acusados de espancar
até a morte o pedreiro Francisco Ricardo Costa de Souza. O crime teria
ocorrido no último dia 13 de fevereiro último, no bairro Maraponga.
Conforme o documento da CGD, na ocasião, a vítima trafegava de
bicicleta pela rua Francisco Glicério, bairro Maraponga, em Fortaleza,
quando foi abordado pela patrulha do Ronda do Quarteirão e conduzido até
as proximidades da Associação de Moradores do Ouro Verde, no mesmo
bairro. Ali, conforme as denúncias, os soldados teriam praticado
agredido o pedreiro, levando-o a morte.
Os militares acusados teriam voltado algum tempo depois de
"supostamente abandonarem a vítima", ao local, recolhido o pedreiro ao
xadrez da viatura e o levado ao hospital Frotinha de Parangaba, "onde
este, possivelmente, já chegou sem vida", diz um trecho do documento.
O pedreiro era pai de cinco filhos. Os moradores do bairro Maraponga,
revoltados com o caso, atearam fogo contra um ônibus um dia depois em
protesto.
Os três policiais militares estão recolhidos preventivamente no
Presídio Militar. Amigos e parentes dos três PMs detidos, sob suspeita
de envolvimento no homicídio do pedreiro, criaram uma página na rede
social Facebook para pedir apoio financeiro e moral aos policiais.
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